sobre PinturaModernista, Greenberg

436 palavras 2 páginas
sobre Pintura Modernista, Clement Greenberg (1960)
O texto sintetiza o pensamento de Greenberg sobre as características principais do modernismo, especificamente sobre a pintura moderna. A sua tese é de que a essência do modernismo seria encontrar uma essência, ou seja, as disciplinas que integram nossa cultura voltam o olhar para si mesmas, intensamente, com o objetivo de encontrar uma certa pureza, um certo núcleo, características únicas que as definam. Nesse exame, cada disciplina restringe sua área de competência, mas também se consolida. No caso da pintura, quando se volta para si mesma encontra na “planaridade” seu limite e sua força. Para Greenberg, ao contrário da arte naturalista que havia escondido seus meios, usando a arte para ocultar a arte, o modernismo usou a arte para mostrar a arte, enfatizando “as limitações que constituem os meios que a pintura se serve”, sendo a superfície plana a mais fundamental.
“Por ser a planalidade a única condição que a pintura não partilhava com nenhuma outra arte, a pintura modernista se voltou para a planalidade e mais nada.”
Dentro dessa definição várias experiências artísticas foram excluídas, talvez a mais clara sejam os trabalhos de Duchamp, Greenberg os considerava um ataque às miais altas ambições que deveriam reger “a melhor arte em todos os tempos”. De acordo com Yve-Alain Bois “Duchamp era o inimigo maior de Greenberg”.
Outro ponto de análise pode ser encontrado no fato de que quando Greenberg diz sobre a continuidade da grande tradição pictórica, quando disserta sobre os esforços da pintura se diferenciar da escultura, com início em Veneza do século XVI, até o reexame autocrítico moderno. O discurso apresenta uma concepção evolutiva e linear da história da arte conduzindo a resultados indiscutíveis:
“A tridimensionalidade é o domínio da escultura, e para preservar a sua própria autonomia, a pintura teve, principalmente, que se despojar de tudo o que podia partilhar com a escultura, e foi nesse esforço, e não

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