Segundo Compagnon, a citação é um elemento de acomodação, pois seria um lugar de reconhecimento, uma marca de leitura, integrando o texto em um conjunto de outros textos. Também é um agente de intertextualidade, uma lembrança da origem. A citação também funciona como reescrita, pois permite que outra pessoa se aposse da palavra e aplique ela a outro objetivo, porque deseja dizer algo diferente. Para Compagnon, por meio das citações é possível traçar um perfil das leituras feitas pelos escritores, evidenciando o processo intertextual feito por eles. Uma citação serve para fazer referência no texto ao conteúdo de outro autor, estabelecendo uma distinção clara entre o seu próprio trabalho e o trabalho publicado por outro autor e mostrando como o trabalho dos outros contribuiu para o seu próprio trabalho. A citação também serve para esclarecer, comprovar ou ilustrar o assunto, além de dar credibilidade ao trabalho. Existem três tipos de citação: citação direta, citação indireta e citação de citação. A citação direta é a transcrição fiel da parte de um conteúdo de uma obra, e por ser a transcrição exata do trecho de um texto, o trecho em questão será apresentado entre aspas duplas. A citação direta deve ser feita da seguinte forma: “citação entre aspas” (AUTOR, ano, página). A citação indireta é uma citação “livre”, usam-se suas palavras para dizer o mesmo que o autor disse no texto. Ou seja, é um comentário sobre determinado texto de determinada pessoa. Porém, a ideia expressa continua sendo de autoria de outra pessoa, por isso é necessário indicar a fonte para dar os devidos créditos ao autor da ideia. A citação indireta deve ser feita da seguinte forma: comentário do autor do trabalho sobre o texto de alguém (AUTOR DO TEXTO, data). A citação da citação é a menção de uma referência a qual se teve acesso por via indireta, e deve ser usada somente quando é muito difícil ter acesso ao documento original. Usa-se a expressão latina apud (“citado por”) para indicar a