soares dos santos
A dicotomia entre dominadores e dominados presente na cultura da sociedade capitalista e o redimensionamento da visão sobre o ser humano advindo da globalização econômica e cultural, que é individualista, racional, competidor, dinâmico, inovador, transformador,etc. Repensando essa configuração ideológica, há a dimensão do ser humano, como o que pratica a justiça ou não.
O repensar sobre o que seja justiça e quais as situações em que ela é praticada ou não, assim como os meios necessários para alcançá-la esbarra na constatação indubitável que ela existe baseada em idéias pessoais e, por isso, tem várias concepções.
Considerando a luta social travada na sociedade capitalista, percebe-se que o ideal de justiça como entende a classe dirigente é diferente do ideal de justiça das classes dominadas.
A idéia de justiça é tão complexa quanto importante, pois só é possível praticar justiça social se compreendendo com mais acerto o que é justiça.
Há diferentes noções de sociedade e de justiça, visto que há visões opostas dasnecessidades naturais e das oportunidades da vida humana.
Sabe-se que a constatação das injustiças impele os segmentos sociais a reivindicar o que parece justo. A luta por justiça social é a luta pela dignidade humana. A importância do repensar sobre a justiça explica-se pela superação do cenário de usurpação de direitos, principalmente dos menos favorecidos.
A definição clássica de justiça, que foi baseada nas concepções de Platão, de Aristóteles e formulada pelo jurisconsulto ULPIANO apud NADER (2000), refere que a justiça é a constante e firme vontade de dar a cada um o que é seu.
Este conceito não leva consideração que os bens materiais no capitalismo e no socialismo não estão bem repartidos. Além disso, traduz a separação entre os proprietários e os não proprietários. O dar a cada