Sistema Financeiro
O sistema financeiro internacional, a partir do término das guerras Napoleônicas, desempenhou um papel relevante para a consolidação da economia internacional do século XIX. Com o restabelecimento dos fluxos comerciais, em meados do século XIX, que haviam sido muito afetados pelas incertezas e desequilíbrios dos tempos de guerra, a economia européia sofreu uma expansão, o comércio internacional se intensificou e isso permitiu que algumas sociedades adquirissem poupança. Nesse contexto de excedentes de capitais, o SFI ganhou importância, pois foi através dele que os excedentes de capitais, oriundos das atividades produtivas e comerciais, puderam ser reinvestidos em novas atividades produtivas.
A cidade de Londres nos anos de 1870, consolidada como centro financeiro mais importante da época, exemplifica a importância dos mercados de capitais ingleses para a expansão da economia do século XIX. Os lucros obtidos pelos ingleses através do transporte e do seguro de mercadorias e a expansão do sistema produtivo industrial britânico, proporcionou maiores ganhos de produtividade para a economia, como um todo, o que resultou na formação excedentes de capitais para serem reinvestidos.
O SFI se consolidou graças ao dinamismo que o comércio internacional adquiriu após os tempos de guerra, que tiveram fim com o Congresso de Viena. A medida que o comércio internacional se mostrou um mecanismo eficiente de criação e circulação de riqueza, foi possível a acumulação de poupança em algumas sociedades, que de modo empreendedor, se pôs a investir em países fora da Europa, especialmente nos EUA e em alguns países da America Latina e da Ásia. Então, através do comércio internacional, foram se formando redes de captação e reinvestimento de capitais, o que permitiu a consolidação do SFI nos moldes como ele é conhecido hoje.
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