Sistema capitalista
Independente da época ou lugar o homem precisa relacionar-se continuamente com a natureza para sobreviver. Nesse sentido, o trabalho ou atividade vital, que representa o caráter genérico da espécie humana, torna exeqüível a apropriação, de modo consciente, da natureza exterior a ele modificando-a de acordo como a sua vontade para satisfazer as suas necessidades fisiológicas, sociais e culturais. A interrupção dessa relação homem/natureza, intermediada pelo trabalho, significa o fim da existência humana.
Assim, o homem através do processo de trabalho, comum a todas as formas de organização social, produz ao apropriar da natureza bens materiais para suprir as suas necessidades humanas. Contudo, os homens não estão sozinhos nesse processo de modificação da natureza estabelecem entre eles relações de cooperação ou exploração entre si. Não só a natureza dessas relações de produção está condicionada a um modo de produção que pode ser historicamente determinado, mas também toda a vida social, política e intelectual.
O modo de produção capitalista, nascido da superação das relações de produção feudal, cria uma nova organização social designada como sociedade capitalista. Nessa sociedade, a propriedade privada cria condições matérias e sociais aos capitalistas de explorarem aqueles que não possuem os meios de produção necessários para produção dos bens materiais imprescindíveis a reprodução de sua existência e, conseqüentemente, são obrigados a vender no mercado a sua força de trabalho para sobreviver. O capitalista ao comprar a força de trabalho visa extrair dela a mais-valia substrato do lucro fundamental para acumulação de capital, deste modo, por meio desse “processo de exploração” o capitalista fica mais rico, enquanto o trabalhador fica mais miserável.
Nessa concepção marxista, a propriedade privada no modo de produção capitalista, é o “coração” do sistema econômico na medida em que condiciona as relações de produção, as relações