Siriri e cururu
de
Sociologia
Aluna: Daniela de Almeida Alves
Classe: 1º Ano “D”
Cururu, siriri e a viola-de-cocho Aos ouvidos de quem desconhece a cultura mato-grossense, cururu e siriri soam apenas como palavras curiosas, mas ainda sem significado. O que poucos sabem é que tanto um quanto o outro surgiram - como a maioria das manifestações culturais brasileiras - da miscigenação das culturas indígena, africana e europeia.
Do índio vieram os aspectos ritualísticos e o estilo de dançar marcando o tempo; do africano vieram a batida, o ritmo e muitas das cantorias; e do europeu veio a viola-de-cocho.
O cururu aparece quando Cuiabá é "abandonada" após a febre do ouro de aluvião, no momento em que o encanto local pela viola obrigou os cuiabanos a produzir um instrumento semelhante, mas com características locais. Dessa necessidade apareceu a viola-de-cocho. "O nome surgiu por causa das ferramentas com as quais o instrumento é feito, o enchó goiva e o formão goiva, ambas utilizadas na construção dos cochos onde cavalos e bovinos se alimentam", explicou o artesão cuiabano Alcides Ribeiro dos Santos. De acordo com ele, uma das características mais marcantes da viola-de-cocho é a sua fabricação rústica, que tem como base madeiras da região como o sarã, tambutiu e cedro rosa - além da raiz de figueira, utilizada apenas no final do processo de construção. "Enquanto um violão possui sete partes, a viola-de-cocho só tem duas", comparou Alcides. "Ela é toda talhada no facão, o que faz com que nenhum instrumento seja igual ao outro. Além disso, cada artesão faz questão de montar a viola-de-cocho com suas próprias caraterísticas."Foi com este peculiar instrumento que surgiu o cururu, que consiste em um círculo de cururueiros em fila única, onde cada um compõe sua toada e é sucedido pelo músico da sua esquerda, no sentido do braço das violas. Originalmente ligadas à religião católica, que promovia cantorias em louvor aos santos, essas rodas de cururueiros acabaram ganhando os