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RESUMO
O conceito de sintoma é fundamental na psicanálise, orienta a sua práxis, demarca seus limites terapêuticos e se tornou objeto de interesse a outros campos, como a educação. Apresentamos a evolução deste conceito nas obras de Freud e Lacan, oferecendo ao leitor um guia na trajetória desses autores e convidando-o a construir o seu próprio percurso. Miller (1987), Ocariz
(2003) e Conde (2008) apresentaram o caminho para a leitura dos originais revelando que, ao longo da obra de Freud, o sintoma aparece como expressão de um conflito psíquico; mensagem do inconsciente e satisfação pulsional. Já Lacan, lendo
Freud, apresenta o sintoma como mensagem; gozo e invenção.
Descritores: teoria psicanalítica; sofrimento psíquico; conceito de synthome, formações do inconsciente, tratamento analítico.
O CONCEITO DE
SINTOMA NA
PSICANÁLISE: UMA
INTRODUÇÃO
Aline Borba Maia
Cynthia Pereira de Medeiros
Flávio Fontes
O
tema do sintoma é discutido em toda a
Psicanálise por ser um conceito fundamental, que orienta a prática e demarca os limites terapêuticos desse campo de saber. No entanto, não só psicanalistas têm se interessado pelo mesmo. O mal-estar inerente ao campo da educação tem produzido, ao longo dos últimos anos, um diálogo profícuo com a
Psicanálise, especialmente a partir das considerações produzidas por autores que problematizam a aproximação Psicanálise-Psicopegogia (Correa, 1990;
Lajonquière, 1998; Mitsumori, 1997; Maia, 2010).
Psicanalista, psicóloga clínica, mestre em Psicologia pela
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Psicanalista, Professora do Curso de Graduação e do
Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte.
Psicólogo e Mestre em Psicologia pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
44 Estilos da Clínica, 2012, 17(1), 44-61
Dossiê
Dossiê
Nesse sentido, um estudo aprofundado do conceito de sintoma no interior da psicanálise