Sinopse do livro “Complexidade e contradição em arquitetura” de Robert Venturi.
“Gosto de complexidade e contradição em arquitetura”. É assim que Robert Venturi inicia seu livro. Com certeza, as necessidades de programas, estruturas, equipamentos mecânicos e expressão são as mais variadas e conflitantes. Isso se deve às inúmeras novas situações encontradas pelo arquiteto em nossos dias, assim como também deve-se a nova escala abordada, visto que a arquitetura passou a empenhar grande papel no planejamento urbano e regional. O autor também deixa claro que defende o “e” aditivo em contraposição ao “ou” exclusivo. Prefere o elemento híbrido ao puro; acomodações e ambigüidades e não pureza e articulações. E defende ainda, o mais importante na minha opinião, a riqueza de significados em detrimento da clareza destes. Nota-se aí que Venturi questiona muitas direções tomadas pelos modernistas, chamados ortodoxos, das décadas de 20 e 30. A partir desta introdução, o autor passa a analisar mais a fundo a relação complexidade e contradição/simplificação e uma das principais questões trata de arquitetos que “escolhem” os problemas a serem solucionados em um projeto, afim de chegarem à simplicidade através da redução. É bom salientar que determinadas escolhas podem levar a arquitetura a se separar da experiência de vida e das necessidades sociais, passando a ser apenas expressão.
O autor defende ainda a busca do equilíbrio na tensão entre opostos e não baseado na racionalidade. Finalizando o capítulo mencionando que o desejo por uma arquitetura mais complexa, visto por ele como um amadurecimento, é importante para se fazer uma revisão dos meios de expressão da arquitetura. “As formas simplificadas ou superficialmente complexas não funcionarão”, e ainda, “as crescente complexidades dos problemas únicos de nossos dias também devem ser reconhecidos”. No capítulo seguinte, Venturi mostra a ambigüidade e a tensão como resultantes da complexidade. Realmente, a