Simulações de Deriva genética utilizando POPULUS
Simulações de Deriva genética utilizando POPULUS
Introdução
Deriva genética é um termo que define o processo de seleção aleatória de frequências gênicas em uma população ao longo do tempo. No caso da seleção natural, a pressão evolutiva é clara, e o fenótipo selecionado é aquele que apresenta maior capacidade reprodutiva. No entanto, eventos aleatórios podem acontecer, e estes acabam selecionando um fenótipo sem relação com adaptabilidade.
Nesses casos, a deriva ocorre por período limitado. Após um número n de gerações, o alelo irá se fixar (estará presente em todos os indivíduos) ou se extinguir. De modo geral, quanto maior a população, mais tempo isso levará para acontecer. Após a fixação de um alelo, apenas uma mutação no mesmo poderá levar a uma alteração na frequência.
Para que seja considerada deriva genética, não deve haver migração, mutação ou seleção natural envolvidos na alteração da frequência fenotípica em dada população.
O tamanho de uma população representa importante fator quanto ao resultado da ação de deriva genética. Apesar de ocorrer por razões randômicas e ter consequências imprevisíveis, a deriva é previsível matematicamente, conhecendo dados relativos à população e a informação gênica da mesma.
Para melhor entendimento da população sobre a freqüência gênica final, é preciso levar em consideração a análise do tamanho efetivo da população. Como trata-se apenas de uma amostra de genes de uma determinada população que será transmitida à próxima, a freqüência gênica na progênie será influenciada pela variação amostral que será tanto maior quanto menor for o número de pais. Assim, é importante saber exatamente quantos dos indivíduos efetivamente se reproduzem, e que de fato contribuem para a variância genética da próxima geração.
FST é a proporção da variância total genético contido em uma subpopulação (o subscrito S) em relação ao da variância total genética (o índice T). Os valores