Simulators
Ultimamente tem surgido no mercado uma quantidade surpreendente de softwares – também conhecidos como “simuladores” – aplicados no cálculo de parâmetros de itens de baixo consumo. Como tradicionalmente na indústria esses parâmetros são estimados de forma subjetiva e não através de métodos analíticos, esses aplicativos têm despertado curiosidade e interesse de profissionais das áreas de Manutenção e de Suprimento.
O curioso é que como em todo o mundo pode-se contar na palma-da-mão estudiosos que realmente dedicaram toda uma vida – acadêmica e prática – a desenvolver técnicas e modelos analíticos aplicados na gestão de peças sobressalentes, soa estranho esse surto.
Embora não tenha a pretensão de esgotar o assunto, o artigo faz considerações importantes sobre algumas características e limitações comuns a esses simuladores, que certamente auxiliarão os interessados a avaliar melhor a questão.
Itens de Baixo Consumo
Para começar, os critérios adotados para classificar itens como de “baixo consumo” são arbitrários e bastante elásticos. Sucede que – ao contrário do que se pensa – o que efetivamente importa e faz sentido é o processo de demanda exibido por cada item individualmente e qual é a distribuição estatística que melhor adere a esse processo, e não se o item é de baixíssimo, de baixo, ou até mesmo de alto consumo.
Técnicas de Previsão de Demanda
No contexto, técnica de previsão de demanda é definida como uma combinação de um procedimento para estimar taxa de demanda (demand rate) e um procedimento para estimar a razão variância/média (variance-to-mean ratio). Neste aspecto, é importante enfatizar que existe uma diferença fundamental entre previsão de demanda no contexto de peças sobressalentes e previsão de indicadores econômicos tais como PIB ou taxas de juro. Enquanto o analista econômico está tentando predizer ou prever a quantidade com o mínimo de erro, o analista de estoque não está tentando