Simbolismo
Introdução
Ao contrário do que aconteceu na Europa, onde o Simbolismo contou com maior destaque em relação ao Parnasianismo, no Brasil o movimento ficou à sombra da poesia parnasiana, que ganhou a simpatia das camadas mais cultas do país, sobretudo em virtude do preciosismo da métrica e linguagem. No Brasil, as inovações estiveram relacionadas com o plano temático e com o plano formal, com uma poesia permeada pelo subjetivismo, representado pelos sofrimentos universais, o amor, a morte e a religiosidade.
Contexto Histórico
Com os olhos fechados ao mundo os poetas simbolistas buscam no seu interior a tentativa de solucionar os dramas dos conflitos existentes. Os simbolistas não vêem mais sentido na realidade em sim mesma, e, sim naquilo que sua intuição diz sobre ela. Desse modo, predominam nas obras: Ilogicidade e delírio, Sugestão, Musicalidade e Sublimação. Assim, a poesia torna-se anti-intelectual e antirracional. No Brasil, o início do Simbolismo dá-se com a publicação de “Missal e Broqueis” de Cruz e Souza. Esse estilo desenvolve-se mais No Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Paraná.
Principais Características
- Valorização dos sentimentos individuais.
- Isolamento da sociedade.
- Conteúdo relacionado com o espiritual, o místico e o subconsciente.
- Concepção mística da vida.
- Ênfase na imaginação e fantasia.
- Comparação da poesia com a música.
- Enfoque espiritualista da mulher envolvendo-a em um clima de sonho.
Cruz e Souza
Filho dos escravos alforriados Guilherme da Cruz, mestre-pedreiro, e Carolina Eva da Conceição, João da Cruz desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o marechal Guilherme Xavier de Sousa - de quem adotou o nome de família, Sousa. A esposa de Guilherme Xavier de Sousa, Dona Clarinda Fagundes Xavier de Sousa, não tinha filhos, e passou a proteger e cuidar da educação de