Shantala - Revisão Literária
Foram encontrados vinte e cinco artigos a respeito do tema, porém, considerando os critérios de inclusão, foram avaliados vinte artigos.
Para melhor sistematização dos resultados e discussão, foram utilizadas as seguintes temáticas: Shantala, crianças institucionalizadas e a influência da Shantala ou do toque no desenvolvimento infantil. Uma das formas de dar uma maior sensibilização à pele após o nascimento seria com a massagem. A Shantala, por exemplo, é a massagem feita pela mãe para integrá-la com sua criança e que pode ser realizada desde bebê [3].
A Shantala é uma técnica milenar composta por uma série de movimentos pelo corpo todo, que exigem atenção e domínio. É demasiadamente utilizada na Índia e passada verbalmente de mãe para filha, geração após geração, além de ser fortemente influenciada pelas tradições do Yoga e da Medicina Ayurvédica [4].
A Shantala afeta diretamente os sistemas musculoesquelético, nervoso, circulatório e os processos bioquímicos e fisiológicos regulados também por esses sistemas [4]. A Shantala, enquanto toque terapêutico, proporciona na criança uma estimulação cutânea e de seu desenvolvimento psicomotor. O toque estimula a pele, que produz enzimas necessárias à síntese protéica. Ocorre ainda a produção de substâncias que ativam a diferenciação de linfócitos T, responsáveis pela imunidade celular.
A Shantala pode diminuir também os níveis de epinefrina, norepinefrina e cortisol, além de ativar a produção de endorfina (responsável pela sensação de alegria e de bem estar). Consequentemente a criança relaxa, seu sono fica mais calmo e resistente a barulhos externos, a amamentação é facilitada, as cólicas diminuem e o vínculo mãe e filho é ampliado [5]. Durante os três primeiros meses o sistema sensorial, a discriminação e o aparelho perceptivo ainda não estão desenvolvidos do ponto de vista psicológico, e tampouco do físico, por isso as experiências do bebê se limitam ao