Seu bichinho é muito forte.
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da Folha Online e do Banco de Dados
O deputado estadual e coronel da reserva da PM Ubiratan Guimarães (PTB), comandante da operação que resultou no massacre dos 111 presos na Casa de Detenção do Carandiru, em outubro de 1992, foi encontrado morto com um tiro, em seu apartamento, em São Paulo.
O massacre do Carandiru, como ficou conhecido o episódio, teve repercussão internacional devido à quantidade de mortos envolvidos e também pela forma como os presos foram abordados e mortos pela polícia.
Apesar de a operação ter resultado em 111 mortes, Ubiratan chegou a ser condenado, em 2001, a 632 anos de prisão pelas mortes de 102 presos e por cinco tentativas de homicídio, mas recorreu em liberdade. Em fevereiro último, o julgamento foi anulado pelo Tribunal de Justiça e Ubiratan, absolvido.
Operação
As vítimas foram acuadas e muitas delas acabaram mortas nas celas, sem chance de defesa. Sobreviventes do massacre relataram, mais tarde, que alguns presos se jogaram em cima de cadáveres para fingir que estavam mortos.
O comportamento das autoridades, em esconder o verdadeiro número de mortos da imprensa e das famílias das vítimas, também foi um fator que contribuiu para que o caso ganhasse ainda mais repercussão.
Leia a seguir a cronologia da ação da Polícia Militar na Casa de Detenção do Carandiru:
02/10/92
14h - Começa uma briga no segundo andar do Pavilhão 9, entre os presos Antonio Luís do Nascimento (o Barba) e Luís Tavares de Azevedo (o Coelho). Um está armado com um pedaço de pau, e o outro, com um cano de metal.
14h30 - Os feridos são levados para a enfermaria, no pavilhão 4. Os agentes penitenciários trancam a grade de acesso ao segundo andar.
14h30 - Os presos que estão no segundo andar conseguem quebrar o cadeado e romper a grade. O tumulto é generalizado. Os agentes abandonam o pavilhão. Começa a rebelião. Os presos criam três focos de incêndio e queimam os arquivos. Fazem