Serpentes pe onhentas e n o pe onhentas
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Serpentes peçonhentas e não peçonhentasAs serpentes não têm pálpebras, mas toda a superfície do olho é protegida por uma espécie de lente de contato de queratina, que corresponde a uma extensão da própria camada córnea da epiderme. Essa camada é trocada periodicamente nas mudas, de modo que esse “óculos” de cobra, como costuma ser chamado pelo caboclo brasileiro, sai junto, sendo substituído pela nova camada situada logo abaixo da anterior.
Em geral têm a visão limitada e são surdas, mas podem detectar vibrações de baixa frequência através dos ossos do crânio. As deficiências da visão e audição são compensadas por uma língua bífida muito sensível, que a cobra rapidamente projeta e recolhe. Ela atua como um órgão tátil, gustativo e olfativo. Partículas aderem a ela e quando a língua é recolhida, suas pontas são introduzidas num par de aberturas no teto anterior da boca, que dão acesso aos órgãos de Jacobson: estruturas especializadas da cavidade nasal, onde as partículas odoríferas podem ser detectadas. Embora esses órgãos estejam presentes em muitos outros vertebrados terrestres, são particularmente bem desenvolvidos nas serpentes e são usados na perseguição das presas e reconhecimento sexual.
Do ponto de vista sensorial, os órgãos mais importantes das serpentes peçonhentas — com exceção da coral verdadeira — são as fossetas lacrimais ou loreais, localizadas entre as narinas e os olhos. Funcionam como um sistema termo receptor, isto é, são sensíveis à radiação infravermelha, capacitando as serpentes que se alimentam de animais de sangue quente a sentir a aproximação da presa e a dar um bote preciso, mesmo no escuro. O mesmo sistema pode ser encontrado em fossas menores e mais numerosas na borda da boca de jiboias e sucuris, que também se alimentam de animais homeotermos.
As serpentes peçonhentas percebem o calor irradiado por uma presa através das fossetas loreais.
Peçonhentas e não peçonhentas
Todas as cobras produzem veneno num par de glândulas