Sergipe
O professor José Bezerra dos Santos, em seu livro “O Tesouro de Jaboatão”, relata que os frades jesuítas escolheram aquele local para suas preces, e descanso das jornadas fatigáveis e abrigo seguro onde guardassem, sem receio, as joias e alfaias da Igreja. "Para isso levantaram as grossas paredes do mosteiro, plantaram no cume do monte o Cruzeiro de Pedra, Santo Pio e, a determinada distancia, ergueram a Igreja Nossa Senhora das Agonias".
Alguns cristãos se ofereceram para escavar um subterrâneo sob o monte, com labirinto e largos corredores onde foram colocados os mais preciosos bens da igreja, ficando a salvo dos inimigos.
Em 1757, Jaboatão era uma fazenda-modelo com Igreja Nossa Senhora das Agonias atual “Igreja de Nossa Senhora do Desterro”, mosteiro e casas dos escravos dispostas ao redor, além de alguns moradores livres. Em 30 de dezembro de 1768, os jesuítas foram expulsos de suas terras, por ordem do Marques de Pombal, o qual confiscou os bens da companhia.
Com a saída dos jesuítas, tudo ficou no abandono. A povoação quase se extinguiu, e o velho convento e a igreja ruíram. Desta época ainda encontra-se intacta a Pia Batismal na Igreja Nossa Senhora do Desterro. Os habitantes das redondezas aproveitaram o material para novas construções no mesmo local