Ser ou não ser abrasileirado? eis a questão.
Eis a questão.
Toda política cultural tem em algum momento de levar em conta o que querem as pessoas comuns, e não apenas os artistas e criadores intelectuais, os governos e o mercado. (COELHO, 1999, p. 85).
Refletir sobre a Cultura brasileira é refletir sobre o sincretismo cultural. É refletir sobre uma nação que “se esconde” sob o véu de uma nação jovem para tratar da infância de sua cultura, muito embora, ela própria, seja vigorosa em produzir produtos culturais. Em toda a sua história republicana, o Brasil esteve diante do desafio de interpretar os anseios da nação através de suas políticas culturais. Em uma sucessão de governos civis e militares, as políticas de cultura ostentaram-se como guardiãs da alma nacional em busca de uma identidade única, de nação, brasileira. Lograram alguns êxitos, é verdade. O povo brasileiro tem consciência de sua latinidade, de sua desigualdade, de sua esperteza, do seu subdesenvolvimento: uma sucessão infindável de justificativas acerca de sua histórica passividade, de sua resignação. Mas somos um povo de diversas, ricas, vivas tradições culturais. Enquanto muitas nações se debatem ante a inevitável necessidade de aceitar as diferenças de outras culturas, nos debatemos em procurar quais são as nossas semelhanças culturais. País de dimensões continentais, de grandes paradoxos, de riquezas e mazelas, o Brasil é o pior e o melhor “dos mundos”: depende apenas de quais estatísticas pretendemos revelar.
À luz das considerações de Ney Braga (1975) nos perguntamos: Qual o âmago do homem brasileiro? Qual a própria essência da cultura brasileira? O Brasil têm manifestações que, hoje, podemos identificar como caracteristicamente brasileiras, mas têm peculiaridades regionais. Uma política cultural para o Brasil, segundo Ney Braga, deve portanto:
1.Maturar aquilo que já está implantado. 2. Estimular a concorrência qualitativa entre as várias e diversas formas de produção cultural; Ativar a