Ser maçom
(Texto de autoria de Julio Capilé, publicado no Jornal “O Pro-gresso de Dourados-MS”).
Como a Maçonaria prima por prevalecer o espírito sobre a maté-ria, o maçom deve se esmerar nesse sentido. Inicia ainda como uma pe-dra bruta, mas vai pouco a pouco, à proporção que sobe em graus de conhecimento, se esforçando nesse sentido. Ao atingir o grau 33 deve estar um homem bem melhor. Quase pronto. Daí por diante é só cultivar o aprendido e treinado. Durante todo tempo vai se esforçando para eli-minar vícios do corpo e da alma e adquirir virtudes.
Maçonaria não é religião, mas pelo que se depreende dos ensi-namentos que dá a seus componentes, é o conjunto de todas as religi-ões, ou seja, uma universalidade de entendimentos nos quais se vislum-bra que qualquer religião está contida nos preceitos a serem seguidos. Nos ensinamentos e práticas maçônicas estão contidas as orientações dos grandes filósofos da humanidade, ou melhor, da antiguidade: Confú-cio, Zaratrusta, Buda, Moisés, Hermes Trimegisto, Platão, Jesus de Na-zaré e Maomé. O conjunto dos exemplos e ensinamentos que essas pessoas nos deixaram foram sintetizados por Joaquim Gervásio em seu “Os doze mandamentos maçônicos”:
— Deus é Todo-Poderoso, Sabedoria Eterna e Imutável e Inteli-gência Suprema. Honrá-Lo-ás com a prática das virtudes.
— Tua religião será a de fazeres o Bem pelo prazer de fazê-lo. Jamais por obrigação.
— Tua alma é imortal; nada fará, pois que a degrade.
— Sê amigo do sábio e conserva os seus preceitos. Combate o vício sem descanso. Não faças aos outros, aquilo que não queres que te façam. Conforma-te com tua sorte conservando a luz do sábio. — Ama tua esposa, teus filhos e tua pátria, cujas leis obedece-rás.
— Honra teus parentes, respeita os velhos, instrui os jovens e protege a infância.
— Considera teu amigo como se fora outra parte de ti mesmo e jamais te afastes dele em seu infortúnio. Por sua morte, porta-te com ele como se ainda vivesse.
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