Ser diferente

Ser diferente é normal é um slogan para a mídia. Viver a diferença somente para o deficiente que é desprovido de qualquer tipo de preconceito. Alguns pesquisadores que estudam a desigualdade social brasileira atribuem, em partes, a fatores que remontam ao Brasil Colônia, data de 1930, produzindo e reproduzindo ideias de desigualdade e essa ideia na contemporaneidade já vem formatada a influência da elite, os padrões de títulos de posse de latifúndios e a escravidão. Um dos problemas que deve ser enfrentado por toda a humanidade é a tendência existente de definir as pessoas diferentes em termos negativos, de ver essas pessoas e o grupo ao qual pertencem como inferiores e não merecedores de respeito. Isso se deve pela prática de classificar as pessoas em grupos distintos e homogêneos, com base em critérios de cor, língua, cultura, nacionalidade, preferência sexual, religião, idosos, mulheres, nômades, moradias e renda familiar. Sob este aspecto, os grupos são classificados em desejáveis e indesejáveis, advindo daí, o desrespeito ao direito de ser diferente.

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TEMA: SER DIFERENTE É NORMAL?

Imaginemos um ser perfeito, e que a sociedade julga perfeito, um ser que pensa e que chora, que sente raiva, que é feliz, que esbraveja quando irritado, que ama e odeia e que tem insônia. Imaginemos agora um ser diferente e que a sociedade julga imperfeito, um ser que pensa e que também chora, que sente fome, que tem paixão, que torce por um time, que dorme tranquilo à noite. Onde mora a diferença? Somente na cabeça dos que a vem, ou na pele de quem a sente. Nada mais normal do que ser diferente, todos temos a roupa que fascina a comida que gostamos a cor preferida, selecionamos amigos diferentes, ouvimos músicas diferentes, ídolos, amores e casas diferentes. Porque agimos diferente quando vimos um ser diferente na nossa frente?