Florestan foi um dos principais intelectuais do século XX, quando jovem participou do Partido Socialista Revolucionário que mais tarde gerou uma duvida, ou continuava no partido para lutar ou voltaria para a universidade para dar continuação aos seus estudos, tendo apoio de alguns políticos ele deixa o partido, tendo em vista que a esquerda ainda não possuía um movimento que aproveitasse o intelectual rebelde de forma produtiva para o pensamento politico revolucionário. Em 1981, Florestan depois de estudar no exterior volta para o Brasil e se encontra em uma situação onde não há um partido de esquerda que servisse de “intelectual orgânico”, o único que poderia ser considerado dessa forma era o PCB que Fernandes não aceitava sua natureza stalinista. Diante disso ele se viu com uma tarefa tríplice: Fundar uma sociologia cientifica no Brasil; faze-lo com base no desenvolvimento do pensamento marxista e fazer ambas as coisas combatendo o dogmatismo, de cunho stalinista, perigo inevitável diante da preponderância do PCB na intelectualidade de esquerda brasileira; apesar de sua tarefa, ele sempre soube que o marxismo não se mistura com as ciências sociais, podendo haver uma ligação, mas nunca uma mistura perfeita. Florestan Fernandes conseguiu conciliar duas ações onde ninguém mais teve êxito, rigor acadêmico e militância politica, quando a maioria ou sucumbiu ao poder politico ou desistiu de ir à frente das lutas e ficou apenas para estuda-las. Depois da queda da ditadura Florestan pensou que o Brasil fosse se tornar um país de esquerda, mas o que presenciou foi um aumento da classe dominante e uma drástica reduzida no poder da classe baixa. Por outro lado essa queda serviu de impulso para movimentos sociais onde surgiu o CUT e o PT, apesar de todos os movimentos sociais, muitos que lutaram contra a ditadura e que faziam parte de grupos de “esquerda” aderiram ao capitalismo sem esforço; muitos ditos esquerdistas que lutavam pelo bem da classe operaria vestiam o