Senhor
ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da Educação no Brasil (1930/1973). Petrópolis: Vozes, 1995. Capítulo 2, Fatores atuantes na evolução do sistema educacional brasileiro; p. 33-46.
FREITAG, Bárbara. Escola, Estado e sociedade. São Paulo: Moraes, 1986. 6ª ed. O segundo período: a fase de 1930-1945. p. 49-59.
VIEIRA, S. L.; FARIAS, I. M. S. Política Educacional no Brasil: introdução histórica. Brasília: Liber Livro, 2007. Capítulo 6, A opção por grandes reformas – educação no regime militar; Capítulo 7, Novos rumos para a educação – retorno ao Estado democrático. p. 121-171.
Análise descritiva
O sistema de produção colonial, baseado nos latifúndios e na mão-de-obra escrava, onde o padrão patriarcal era predominante determinou o direcionamento no Brasil Colônia das formas de educação. O branco colonizador deveria distinguir-se das populações nativas, negras e mestiças. Sendo portadora do poder político e econômico, deveria também possuir os bens culturais importados. Dessa forma, essa elite dominante exibiam hábitos aristocráticos, copiados da nobreza portuguesa. Para isso contribuíram os jesuítas através da obra educativa da Companhia de Jesus, que transportou o conteúdo cultural da Metrópole para a Colônia. Mesmo assim, uma pequena minoria tinha acesso ao ensino: além da grande massa de agregados e escravos, também eram excluídos os primogênitos – futuros herdeiros do clã e dos negócios da família, recebiam apenas uma educação rudimentar – e as mulheres. O conteúdo cultural transmitido pelos padres era ligado às formas dogmáticas de pensamento revalorizando a Escolástica, buscando reafirmar a autoridade da Igreja e dos antigos, afastando-se da ciência e focalizando apaixonadamente as letras, com os humanistas ainda arraigados à Idade Média, um espírito fechado e irredutível ao espírito crítico e de análise, à pesquisa e à