Senhor
Cidadania pode ser definido como o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive. Hoje fui votar tendo esse conceito em mente, pesquisei os candidatos, pesquisei seu passado, sua trajetória, suas propostas, seus partidos... Sim, seus partidos, pois como a célebre frase diz: “Nenhum homem é uma ilha”, bem como nenhum candidato existe sem o apoio de seu partido e isso se manifesta em sua forma de governar.
Mantive em minha mente o porquê da importância do voto, ele ultrapassa as fronteiras da obrigatoriedade prevista em lei, votar me lembra do real motivo de vivermos em sociedade. Vivemos em sociedade porque a sociedade é melhor que o indivíduo, vivemos em comunidades para mantermos nossa sobrevivência, para crescermos, para nossa defesa, para prosperar e mesmo para dividir os prejuízos dessas lutas, a sociedade é melhor que o indivíduo e o governante deve ser muitos indivíduos em si mesmo, deve ser o receptáculo de toda a dor, miséria, luta, alegria e vitória desta sociedade.
O governante deve ter em mente que mesmo dentro da sociedade existem grupos, grandes grupos que são caracterizados por sua heterogeneidade, grupos tão distintos entre si que é quase inconcebível que sejam colocados dentro de um mesmo receptáculo. Mas eles são, e são misturados, e remexidos ao ponto de suas características individuais se tornarem indistintas. E ainda assim eles mantêm sua originalidade, originalidade esta que o governante eleito dessa sociedade deve ser capaz de representar em toda sua extensão. O princípio da equidade entra em ação, a chamada justiça social.
Realizar a justiça social significa equalizar esforços, significa distribuir seus recursos, mão de obra e projetos de forma a equalizar a sociedade, de modo a diminuir as diferenças marcantes entre esses grupos dentro da sociedade, realizar a justiça social significa grosso modo “fazer mais para quem tem menos e menos para quem tem mais” sem esquecer-se