Semirario de araxa
INTRODUÇÃO
No Serviço Social, o termo diagnóstico vem sendo conceituado por diversos autores com interpretações variadas. Alguns baseiam-se em sua etimologia, outros afastam-se dela, definindo-o como uma interpretação, uma descrição ou explicação de uma situação ou de um sujeito ¹ ou, ainda, como tentativa de compreensão da realidade. Há, no entanto, insuficiência de estudos que esclareçam, com maior precisão e [1]profundidade, os aspectos teóricos e metodológicos do diagnóstico em Serviço Social a nível da comunidade. Este trabalho constitui uma tentativa de abordagem do tema numa perspectiva crítica, tendo como escopo fornecer elementos para novas discussões e estudos em torno dos discursos correntes na literatura do Serviço Social. Pode-se observar mediante o estudo das tendências de conhecimento e ação do Serviço Social, frente à realidade social, fundamentações distintas originadas nas grandes correntes metodológicas, segundo as orientações funcionalistas empiristas, de um lado, e histórico-estrutural, de outro. Os conhecimentos e as ações se diversificam em decorrência destas distintas orientações teórico-valorativo, procedimentos metodológicos e objeto de conhecimento e ação. De acordo com Carlos Boggio,² o conceito de diagnóstico no Serviço Social está relacionado intimamente com o próprio Serviço Social, que se vem reformulando historicamente. Segundo a concepção clássica do /serviço Social como tecnologia, o diagnóstico é considerado um a etapa do processo de planejamento linear da ação, antepondo-se à programação. Apresenta uma listagem bastante exaustiva de dados dos mais variados aspectos com vista a identificar uma determinada realidade. Neste caso, a postura que tem orientado o diagnóstico caracteriza-se pela influência das disciplinas terapêutica e pelas perspectivas metodológicas empirista e funcionalista. Cabe ao assistente social, dentro dessa orientação, julgar aquilo que constitui problemas ou necessidades