SEMIN RIO DESAFIOS PARA UMA AN LISE DO DISCURSO
Objetivo: discussão sobre a possibilidade de uma metodologia de AD ser aproveitada, com efeitos positivos, nas aulas do ensino fundamental e médio.
ALGUMAS QUESTÕES INICIAIS Apesar das concepções de AD já terem sido amplamente divulgadas nos últimos anos, principalmente no que se refere as concepções da escola francesa, tem sido visto que, no Brasil, trata-se muito mais de uma teoria do que uma análise. Como já visto nesta disciplina, a AD parte da materialidade do enunciado pressupondo que contenha marcas indicativas a respeito das condições de produção. Em outras palavras, a AD faz uma análise do material linguístico tendo como objetivo revelar os condicionamentos extralinguísticos.
A grande questão, portanto, para a AD é a complexidade desta empreitada, e uma metodologia que abrange não só os conceitos básicos, mas também as considerações corretas das operações que se desencadeiam, necessita de uma proposta bem delineada. A acolhida teórica marxista do autor lembra que não há discurso sem língua e a não há língua sem discurso; não há sujeito livre nem assujeitado. Por isso, o discurso é produto e processo e a língua é reflexo e refração, instituído e instituinte, generalização e singularização, prisão e liberdade aos usuários. Considerando-se esses pontos, o enunciante sempre recorre à repetição da ideia. É por isso que um tratamento estatístico ou correlacionado (associações e de rejeições semânticas) pode revelar a formação discursiva. É desta forma que o autor indica cuidado ao analista do discurso para poder sustentar que um determinado sentido é compatível com o texto.
1º. Enunciado: Entrada apropriada permitirá ao analista reconhecer as redundâncias por meio das associações e rejeições semânticas, encontrando pistas para determinar as formações discursivas e ideológicas do texto. Nessa etapa o analista deverá entender o “diz-se isso e não aquilo”
2º. Enunciação: capacitar o analista a