Semana de revisão
Publicado em: 29/09/2010 |Comentário: 0 | Acessos: 969 |
Keynes e a intervenção do Estado na economia por meio das políticas fiscal e monetária.
A economia de mercado capitalista funciona em ciclos econômicos de expansão e contração da produção, da renda e do emprego. A intervenção do Estado na economia se faz necessária para estabilizar os preços, o nível de emprego, a renda e outras variáveis macroeconômicas relevantes. Porém, até a crise de 29, que foi uma crise de superprodução do capitalismo, prevalecia a teoria neoclássica de Marshall, a qual preconizava a tese do equilíbrio automático do mercado, pela qual a "mão invisível" deste último ajustaria os níveis de oferta e demanda agregadas. A teoria neoclássica também se baseava na lei de Say, pela qual a oferta cria a sua própria demanda, o que teria por conseqüência a impossibilidade da ocorrência de crises de superprodução.
Com a crise de 29, que foi uma crise de superprodução, uma crise de excesso de oferta, que teve como conseqüências uma significativa queda dos preços, da renda e do emprego, os dogmas neoclássicos da "mão invisível", do equilíbrio automático dos mercados e da lei de Say perderam a credibilidade, e surgiu Keynes para dizer que era necessária a intervenção do Estado na economia para ajustar a oferta à demanda, principalmente para aumentar a demanda na fase depressiva, mais intensamente recessiva do ciclo econômico. No caso do início da década de 30, com a economia atravessando uma depressão terrível, era imperativo que houvesse incremento dos gastos públicos para que a produção, a renda e o emprego se recuperassem. Os instrumentos para concretizar a intervenção do Estado na economia passaram a ser as políticas fiscais e monetárias.
É conveniente, inicialmente, definir os significados das políticas fiscal e monetária. A política fiscal é o componente da política econômica que se refere,