Seleção do sexo por separação de espermatozoides
A seleção do sexo atrai grande interesse e controvérsia há muitos anos. Está associada a problema ético, moral, social e legal. Pode ser realizada por razões clínicas para evitar doenças ligadas ao sexo como a hemofilia e distrofia muscular de Duchenne ou, por razões sociais, para o equilíbrio familiar. Por razões sociais é permitida em alguns países (Reino Unido, EUA e Austrália) e proibida no Brasil.
Métodos para seleção do sexo
Existem três métodos para seleção do sexo. O primeiro, o método de escolha, é o diagnóstico genético pré-implantação (PGD) pelas técnicas de FISH ou PCR. É confiável, mas caro e invasivo, pois necessita de tratamento por fertilização in vitro (FIV) com biópsia de embrião.O segundo, a separação dos espermatozóides com os cromossomos X e Y.
Essa técnica usa o fato de que os espermatozóides Y (homem) são menores e mais rápidos do que os com o X (mulher). Essa técnica de separação evoluiu muito nos últimos anos. Atualmente, o método de escolha é a separação espermática por microsort. Possui uma acurácia de mais de 90% para os cromossomos X, e mais de 80% para o Y.
A mulher então é inseminada com o esperma escolhido. É uma técnica não invasiva e mais barata se comparada ao PGD. Atualmente não existem dados dos riscos a longo prazo da técnica de citometria de fluxo.
E o terceiro método envolve exames pré-natais do embrião ou do feto. Existem diferentes métodos. Ultra-som, não invasivo, mas não é 100% confiável. Amniocentese e biópsia de vilo corial, ambos mais confiáveis, mas invasivos e associados ao risco de abortamento (1-2%). Essa terceira opção é apenas para diagnóstico pré-natal, não para seleção de sexo.Outras técnicas como, momento das relações, indução da ovulação, etc. não parecem interferir com a proporção de nascimento entre os