segunda guerra
Determinado a colocar um ponto final nas insinuações - especialmente no exterior - de que a Grã-Bretanha logo poderia sucumbir ao furioso ataque germânico, assim como ocorrera com a França, Churchill proferiu esse discurso imortal a uma Câmara dos Comuns lotada.
Falei outro dia sobre o colossal desastre militar que aconteceu quando o alto comando francês deixou de retirar da Bélgica as tropas do norte, no momento em que souberam que a frente francesa estava decisivamente esmagada no Sedan e no Mosa. O atraso acarretou a perda de 15 ou 16 divisões francesas e deixou fora de combate, por um período crítico, a totalidade da Força Expedicionária Britânica. Nosso exército e 120 mil tropas francesas foram salvos pela Marinha britânica em Dunquerque, mas somente depois que deixaram para trás canhões, veículos blindados e outros equipamentos modernos. A perda levou inevitavelmente algum tempo para ser reparada e nas primeiras duas semanas a batalha na França foi perdida.
Quando consideramos a heróica resistência feita pelo Exército francês nesta batalha, contra todas as expectativas, as enormes perdas impostas sobre o adversário e a evidente exaustão do inimigo, pode-se achar que 25 divisões com treinamento e equipamento melhores poderiam ter mudado a situação. Todavia, o general Weygand teve de lutar sem isso. Apenas três divisões britânicas ou o equivalente foram capazes de se manter na linha com os camaradas franceses. Sofreram severamente, mas lutaram bem. Mandamos todos os homens que podíamos à França, tão rapidamente quanto foi possível reequiparmos e transportarmos as novas formações.
Não estou narrando estes fatos com o propósito de recriminação. Julgo isso completamente fútil e mesmo prejudicial. Não podemos nos permitir isso. Eu os relato a fim de explicar por que não tivemos, como poderíamos ter tido, entre 12 e 14 divisões britânicas lutando nesta