Segunda Guerra Mundial
MANOEL DE BARROS
Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiabá (MT) no Beco da Marinha, beira do Rio Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916, filho de João Venceslau Barros, capataz com influência naquela região. Mudou-se para Corumbá (MS), onde se fixou de tal forma que chegou a ser considerado corumbaense. Atualmente mora em Campo Grande (MS). É advogado, fazendeiro e poeta.
Manoel de Barros, apelidado de Nequinho por sua família, passou sua infância sentindo a textura da terra nos pés, brincando e correndo entre personagens que definiriam sua obra, os currais e os objetos que chamavam a atenção do futuro escritor. Em idade escolar, foi para um colégio interno em Campo Grande e posteriormente para o Rio de Janeiro.
Aos 19 anos, Manoel de Barros escreveu seu primeiro poema, e a partir de então sua veia poética não mais deixou de pulsar. Ele conheceu a liberdade criativa ao mergulhar em Une Saison en Enfer, de Arthur Rimbaud, pois aí se deu conta do rico material sensitivo à disposição do poeta, pronto para despertar e se traduzir nas páginas em branco. O escritor teve sua fase de militância política, engajou-se no Partido Comunista, e deixou de ser preso graças ao seu primeiro livro, que não chegou a ser publicado, pois a única cópia foi confiscada por um policial no lugar do jovem Manoel. Mas abandonou o Partido quando se desapontou profundamente com Prestes. Neste momento, decidiu voltar para o Pantanal.
Ainda não estava pronto, porém, para criar raízes neste local, pois o mundo o aguardava. Passou um período na Bolívia e no Peru, depois partiu para Nova York, onde residiu por um ano, estudando cinema e pintura,