Segunda Guerra Mundial
04-07-2013
O momento conturbado em que vive o setor do trigo reforça a necessidade do Brasil repensar seu modelo de abastecimento do produto. A afirmação é de Christian Saigh, diretor vice-presidente da Richard Saigh Indústria e Comércio S.A. (Moinho Santa Clara) e recém-empossado presidente do Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (SINDUSTRIGO).
Ele defende que, para aproveitar todo o potencial de crescimento do mercado de pães, massas e biscoitos, a indústria precisa manter o ritmo de inovação, com produtos que atendam às demandas de um consumidor cada vez mais preocupado com a qualidade e os benefícios nutricionais dos alimentos.
Desmistificar falsas crenças, como a de que derivados de trigo são inimigos da boa forma física, e capacitar os profissionais da panificação são algumas das iniciativas que, segundo ele, podem estimular o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva do setor. Confira a entrevista.
O consumo per capita de pães é baixo no Brasil, em comparação com outros países da América Latina. Qual a explicação para isso?
O consumo está associado ao hábito e à renda da população, que vêm passando por mudanças significativas no Brasil. Vivemos, nos últimos anos, um acelerado processo de inclusão econômica, com a ascensão social de mais de 35 milhões de pessoas. O mercado cresceu e o consumidor está cada dia mais maduro e exigente em variedade e qualidade.
Esse cenário dá uma dimensão do enorme potencial de crescimento do setor. Temos condições de elevar o consumo interno de pães, que está na casa dos 33,5 quilos por habitante ao ano, a patamares próximos aos de países vizinhos, como o Chile e a Argentina, onde o consumo é superior a 70 quilos per capita. Ou seja, o consumo de pães pode dobrar!
Quais entraves o setor precisa superar para crescer e promover o desenvolvimento da cadeia do trigo?
O grande desafio é quebrar falsos paradigmas, como o de que a farinha de