Segunda fase do modernismo A segunda fase modernista inicia-se em 1930 e se estende até 1945. É um período onde a produção prosaica e poética são abundantes refletindo um conturbado momento histórico tanto no plano nacional quanto no internacional. No plano internacional temos a depressão econômica com a quebra da Bolsa de New York em 1929, a Segunda Grande Guerra e o avanço do nazi-fascismo. No nacional temos a ascensão de Vargas e a consolidação do Estado Novo. A poesia deste período apresenta-se mais madura que a do primeiro momento modernista, pois existe um aprofundamento de tudo aquilo que se conquistou desde a Semana de Arte Moderna. Poetas representantes da primeira geração modernista continuaram intensos na produção literária e se juntam, agora, a novos poetas como Murilo Mendes, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade entre outros. No entanto, nesse período, surge uma nova postura artística que questiona – com mais força – a realidade (Carlos Drummond de Andrade é o maior representante dessa postura). Assim, surge uma literatura mais construtiva e politizada que reflete as grandes transformações ocorridas nesse período. Além dessa postura, aparece uma corrente que é mais voltada para o intimismo e espiritualismo e seus representantes são: Cecília Meireles (toda sua produção), Vinícius de Moraes, Jorge de Lima e Murilo Mendes (estes, apenas uma fase de sua produção poética). Podemos afirmar que a prosa, nesse segundo momento modernista, conquistou um vasto território. Intimamente ligada às preocupações dos poetas desta fase, a prosa refletiu o mesmo momento histórico. Surgem, nesse período, artistas como Raquel de Queiroz, Jorge Amado, Érico Veríssimo, José Américo de Almeida, Dyonélio Machado, Graciliano Ramos e José Lins do Rego, que resgatam o romance regionalista (não visto desde o Romantismo). Esses romances são verdadeiros documentos da realidade brasileira,