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Escrito por: Carlos Cordeiro, presidente da CONTRAF/CUT
04/08/2010
A violência é um dos graves problemas do Brasil que desafia governos e sociedade. As causas são múltiplas e complexas, desde a exclusão social, a falta de oportunidades, a desestruturação familiar, a carência de políticas públicas, as injustiças sociais, a crise do sistema prisional até o descaso de muitas autoridades e empresas. Medidas preventivas, estruturantes e eficientes precisam ser aprofundadas, buscando avanços e sem retrocessos. Cada um deve fazer a sua parte para enfrentar essa realidade, a fim de proteger a vida e garantir segurança. Nas instituições financeiras, diante da onda de assaltos e sequestros e da necessidade de eliminar riscos, bancários e vigilantes têm procurado soluções. A lei federal n° 7.102/83, que trata da segurança nos estabelecimentos bancários e que vários bancos vêm descumprindo, precisa ser atualizada para que haja um ambiente seguro e agradável. Uma das medidas que os trabalhadores defendem é a instalação da porta individualizada de segurança com detectores de metais em todos os acessos destinados ao público. Trata-se de um equipamento já implantado em diversos países, com bons resultados, aumentando a segurança e contribuindo para evitar ataques de quadrilhas. No Brasil, essa porta giratória começou a ser introduzida no final dos anos 90 em várias agências e postos, após a importante decisão do STF que julgou constitucionais leis municipais com tal finalidade. Entretanto, diversas cidades ainda não possuem tal legislação e vários bancos se limitam a colocá-las em locais de maior risco. Tal porta contribuiu na redução dos assaltos a bancos desde que foi implantada. Dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) mostram que em 2000 aconteceram 1.901 roubos em todo país, que caíram para 430 em 2009. Esses números ainda preocupam e revelam a necessidade de ampliar medidas de prevenção.