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906 palavras
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No capítulo 5 do livro, objeto de análise dessa resenha, o autor traz como discussão central a forma como vem acontecendo o surgimento de favelas e a expulsão das populações mais pobres das áreas centrais e de interesse econômico nos países em desenvolvimento. Há uma enorme segregação urbana nessas áreas, partindo do pressuposto que atualmente a maior parte da população dos países do terceiro mundo ocupam a menor porcentagem do território. Casos em que os ricos têm 90% da terra e vivem com conforto em muitas áreas livres e, os pobres vivem espremidos em 10% de terra. O título do capítulo, “Haussmann nos Trópicos”, vem a fazer alusão à política adotada pelo então prefeito de Paris, Georges-Eugène Haussmann. Conhecido como “artista demolidor”, Haussmann foi responsável pela reforma urbana de Paris durante 1950 e 1970. Incumbido por Napoleão a modernizar Paris, Haussmann demoliu ruas, comércios, moradias com o objetivo de criar uma cidade ordenada sobre a geometria de grandes avenidas e bulevares visando lucros particulares e melhor controle social. A “haussmannização” previu o embelezamento de Paris, mas também o fim dos levantes populares, visto que agora com grandes avenidas as frentes de luta civil poderiam ser mais facilmente contidas pelas forcas armadas, seja por meio de canhões ou armamentos pesados, além de expulsar para as periferias as camadas mais pobres da população. Davis (2006) apresenta, em seu texto, situações semelhantes ao o que aconteceu em Paris e que ainda ocorrem nos países em desenvolvimento, por isso “nos Trópicos”.
Os atuais padrões de uso da terra e a densidade populacional estão baseados em antigas lógicas de controle imperial e dominação racial. As elites pós- coloniais herdaram e reproduziram os padrões das cidades coloniais segregadas, a fim de proteger seus privilégios de classe e exclusividade espacial. Tal realidade é percebida em países da África Subsaariana, na Ásia (China, Índia, Coréia do Sul, etc.) na América Latina com