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3.2 - Contexturas físicas e psíquicas diferente nos dois sexos
A mulher apresenta uma estrutura física mais frágil do que o homem, o que em muitas obras gerais de criminologia é assinalado como um motivo para a reduzida contribuição feminina para a delinqüência.
Todavia, salienta Di Gennaro (apud Ferracuti, 1975 : 107) que, “especialmente em nossos dias, a possibilidade de recurso às armas ou a outros meios de ofensa física poderiam compensar a reduzida capacidade física”. Determinados delitos violentos como assaltos a bancos, a postos de gasolina, ações terroristas contra pessoas ou coisas, nos últimos anos contaram com uma crescente participação da mulher.
Entretanto, mesmo assim, é realmente mínima a participação feminina nesses delitos e é quase nula a presença da mulher na organização ou chefia de bandos, quadrilhas armadas para fins criminosos, ou “gangs”, com exceção, por exemplo, da Ma Baker, que na década de trinta, nos Estados Unidos, dirigiu a família criminosa, enfrentando com metralhadora o FBI, bem como da brasileira Djanir Ramos Suzano, a ‘Lili Carabina’, que desafiou a polícia carioca nos anos 70, liderando uma gangue de bandidos.
Acrescenta tal autor que “é incompatível com a própria natureza da mulher o uso da violência física, não se ajustando à sua profunda estrutura biopsíquica, como uma característica do seu próprio ser”. Talvez devido à sua função maior de reprodução e de criação dos filhos, ao seu sentimento inato de maternidade.
É certo que a mulher sofre maior influência da religião, com seus conceitos éticos de bondade, maldade, pecado, fortalecendo sua consciência moral e inibindo-a a praticar crimes ou a

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