Saúde Coletiva
Drogas e Redução de Danos
Na maioria das ações, o objetivo principal gira em torno da distribuição de aparelhos descartáveis (seringas) entre usuários de drogas injetáveis (UDIs). O programa de troca de seringas ou PTS como é mais conhecido é uma das alternativas da Redução de Danos para diminuir o índice de infecções e contaminações entre os UDIs, assim como negociar com os mesmos, algumas noções de saúde básica e informações sobre o uso de drogas. Cabe aqui ressaltar que a estratégia de Redução de Danos, principalmente com o programa de troca de seringas (PTS) foi um movimento que surgiu com abordagem de “baixo para cima”, baseada na defesa do dependente. Os usuários de drogas (UD) foram se organizando e negociando com as autoridades mudanças na política das drogas, permitindo assim a troca legal de seringas, a fim de reduzir o risco de infecção da hepatite e do HIV. Um outro ponto importante é que estratégias de Redução de Danos também se aplicam ao uso de drogas legais, incluindo o tabaco e o álcool.
No Brasil, a estratégia de Redução de Danos surge por volta de 1989, em Santos. Mas por força de uma interpretação conservadora da lei (Lei 6368) que é anterior à epidemia da Aids e por questões políticas, teve seu início adiado. Hoje, São Paulo já conta com uma Lei Estadual específica para a troca de seringas entre usuários de drogas injetáveis, assim como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, dentre outros Estados, garantindo melhores condições de trabalho para os redutores, assim como a diminuição de problemas entre as autoridades policiais e os redutores, no que concerne ao trabalho de troca de seringas.
A Redução de Danos está baseada nos princípios do pragmatismo empático versus o idealismo moralista. O contraste desta situação é o idealismo moralista, que associado à política de drogas visa em suas campanhas e políticas, uma sociedade livre de drogas. A RD aceita o fato de que algumas pessoas têm um uso contínuo de drogas e continuarão a