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A composição da célula é diferente da composição do meio que a rodeia. Por exemplo, o conteúdo iônico de massa celular é muito diferente do conteúdo do plasma e do líquido das matrizes extracelulares. Esta diferença é mantida durante toda a vida das células, em geral com um importante gosto de energia, por uma delgada membrana superficial: a membrana plasmática ou, que regula o intercâmbio de íons e moléculas entre a célula e meio extracelular.
Recordemos que em um meio aquoso, devido a sua natureza anfipática, os fosfolipídios do tipo que pertence às membranas biológicas tendem espontaneamente a formar duplas camadas. Desta maneira, é possível obter membranas fosfolipídicas artificias planas ou fechadas, em forma de lisossomos, nas quais os fosfolipídios expõem suas extremidades polares ao contato com a água, enquanto ocultam às não polares no interior das membranas, onde se estabilizam por interações hidrófobas. Podemos utilizar uma dupla camada fosfolipídica sintética (que é chamada de ‘’membrana negra’’) com a capacidade de fechar um pequeno orifício em uma lâmina que separa duas câmaras com água, para estudar muitas de suas propriedades biofísicas (por exemplo, resistência elétrica, permeabilidade, etc.) Também é possível introduzir proteínas e outras substâncias nesta membrana.
Na verdade, o tipo de disposição das moléculas de fosfolipídios com água depende de muitos fatores, que, por sua vez, dependem da forma de suas moléculas. Por exemplo, as fosfolipídica neutras (que constituem a maior parte das fosfolipídicas das membranas ) podem ter moléculas cilíndricas com tendência a bicamadas (ou formar duplas camadas). Por outro lado, as lisofosfolipidica (um tipo de fosfolipídio do qual foi extraído um ácido graxo) tem moléculas cônica, que tendem a se agrupar em micelas (gotículas muito pequenas dispersas em água) com os grupos polares em contato com o meio aquoso.
Por sua vez, os fosfolipídios ácidos e os que possuem ácido graxo poli-insaturadas também