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PROPORÇÃO: SEÇÃO ÁUREA e TRAÇADO REGULADORA concepção de uma obra arquitetônica depende de um variado conjunto de condicionantes. O programa de necessidades, as particularidades do contexto físico, as diferentes alternativas técnicas, as limitações econômicas, o meio sociocultural e, finalmente, as preferências plásticas conduzem a um sem número de conclusões individuais.
Em arquitetura proporção é um conceito fundamental e importantes autores vêm, há muito, fazendo uso deste termo até quando buscam definições para a própria arquitetura:
Michelangelo Buonaroti: A arquitetura não é senão a ordem, a disposição, a bela aparência, a proporção das partes face ao todo, a proporção e a distribuição.
Vincenzo Scamozzi: A arquitetura serve-se do número, da forma, da grandeza e dos materiais, por via da especulação, e serve-se ainda das proporções e das correspondências nos mesmos modos por que o faz o matemático.
G. Winckelmann: Na arquitetura o belo consiste essencialmente nas proporções: somente corn a proporção e sem qualquer ornamentos um edifício pode ser belo.
Carlo Lodoli: A arquitetura é uma ciência intelectual e prática que visa estabelecer, com o raciocínio, o bom uso e as proporções do que constrói.
Louis Hautecoeur: A arquitetura, que de todas as artes é a mais submetida às condições materiais, econômicas e sociais, é também aquela que graças às proporções e as formas geométricas exprime as especulações mais abstratas do pensamento humano.
Para muitos teóricos é uma concepção que dá sentido, alicerça e consolida a própria ação projetual. No entanto, como já observado anteriormente, algumas vezes a noção de escala é confundida com a noção de proporção, sendo aquela explicada por esta e vice-versa, portanto é necessário esclarecê-las novamente (ver capítulo 1).
Em termos matemáticos proporção é uma igualdade entre razões. Uma razão é o resultado de uma divisão, de uma distribuição fracionária [ratio = rateio]. Quando essa distribuição não deixa sobras