salmos
Pr. João A. de Souza Filho
Introdução
Os Salmos têm sido, ao longo dos séculos, fonte de conforto, de desabafo irado e de solução para os cristãos. Nos Salmos o crente em Jesus Cristo encontra a palavra, conselho ou desabafo para todos os momentos da vida. Nestes os salmistas rasgam a alma e colocam pra fora seus sentimentos de alegria, de contentamento, de desesperança e de raiva.
Os Salmos são poesias, cânticos, orações e declarações de homens de Deus que cobrem um período longo – de Moisés a Esdras, e abrangem um período de 1088 anos, desde Moisés (1491 a.C) data da saída do Egito até o dia 1 de Nisã no ano 403 a.C última data mencionada por Esdras. Temos Salmos de Davi, de Asafe, de Salomão, dos filhos de Core, de Esdras e muitos salmos anônimos.
Existem muitos comentários sobre os salmos e, como mestre, pesquisador e escritor percebo que o público leitor não costuma comprar livros nem devocionais sobre os salmos, e não é preciso perguntar o porquê. É que os salmos falam por si mesmos; não apenas por si mesmos, senão também por todos nós. Lecionei sobre os salmos no seminário teológico, e me detive no aspecto técnico e profético, e na fantástica estruturação dos cinco livros que compõem o saltério dos judeus – e de todos nós. O livro é estruturado em cinco partes e cada parte se encaixa a um dos cinco livros de Moisés. Aliás, este tipo de abordagem tem sido feita por escritores em todas as épocas, isto é, associando cada período da história a um livro do Pentateuco. Imagino que, por vezes os historiadores e escritores costumem lucubrar teologicamente sobre matérias transcendentais.
Nesta série de reflexões sobre os salmos, faremos pausas reflexivas para comentar, por exemplo, porque o Salmo 90 – o primeiro da série aparece como o de número noventa, e como Paulo sabia que o Salmo que ele acabara de mencionar era o Salmo 2. E os salmos de romagem, ou cânticos dos degraus, por que têm este nome? Por que havia degraus no templo onde