Rubem alves

296 palavras 2 páginas
Em um papel branco, há sempre uma poesia oculta...
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem,
O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido! [...] A vida é assim: a gente escolhe um caminho na esperança de que ele vá nos conduzir a um lugar de alegria. Tolos, pensamos que a alegria está ao final do caminho. E caminhamos distraídos, sem prestar atenção. Afinal de contas, caminho é só caminho, passagem não é ponto de chegada. Com frequência, a gente não chega lá, porque morre antes. Mas há uns poucos que chegam ao lugar sonhado – só para descobrir que a felicidade não mora lá. Caminharam sem compreender que a alegria não se encontra ao final, mas sim, às margens do caminho. [...]
O brilho do sol, do lado de fora da gente se chama sonho...
É essa a função da poesia, recuperar os pedaços perdidos de nós.
(Rubem Alves)
ALVES, R. Variações sobre o prazer. Editora Planeta do Brasil, São Paulo, 2012.
Rubem Alves é poeta e pedagogo, professor de Letras na Unicamp e um dos mais famosos escritores do Brasil.

“Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideais e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor. Para que tenhamos certeza de que: Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.”

___ Carlos Drummond de Andrade

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