Rsma
Ponto de vista:
Eco-eficiência significa desperdiçar menos recursos naturais e aumentar ganhos financeiros
Celso Foelkel
Ao longo de sua existência, a industria de celulose e papel tem mostrado enorme vitalidade para crescer sua produção e aperfeiçoar suas tecnologias para atender as exigências das quantidades e qualidades requeridas em seus produtos pela sociedade. Nossa indústria é altamente dependente de recursos naturais ( madeira, água, combustíveis, ar, etc.). Na verdade, ela tem um casamento muito íntimo com recursos naturais que no passado foram abundantes, mas agora não mais. Essa intimidade com o uso de recursos abundantes levou a uma concepção tecnológica não tão conservadora quanto ao uso e consumo desses recursos. Veja-se que hoje, mesmo com toda a histeria com relação à água, a nossa indústria ainda é dependente de enormes quantidades desse recurso cada vez mais escasso já que nossos processos são todos via úmido. Tivemos e teremos diversas crises ambientais a mais em nossa história. Passamos pela fase da necessidade de tratar efluentes em enormes quantidades; vencemos o pânico das dioxinas e do branqueamento contaminante; estamos tentando fechar mais e mais os ciclos de consumo de água nas fábricas; há grandes estações de reciclagem de resíduos sólidos sendo estabelecidas para tratar nossos detritos; há forte consciência quanto a produzir florestas de forma sustentável, ou o mais próximo disso, até mesmo seguindo programas de certificação florestal; etc. etc. Entretanto, ao se caminhar e observar com cuidado o nosso despreparo em ver as perdas de recursos naturais como custos significativos em nossos produtos, podemos sentir que ainda há muito que se fazer. A falta de lucros e a chamada fase da destruição de valor que a nossa indústria viveu no final dos anos 90’s; a baixa remuneração dos capitais investidos; o temor pela sustentabilidade dos negócios no