Roteiro
Os fitoesteróis mais comuns são: sitosterol, campesterol e estigmasterol, estruturalmente muito similares ao colesterol. Diferem da estrutura do colesterol por conterem, no carbono 24 da cadeia, um grupo etil e um grupo metil. (19)
Essas pequenas diferenças na estrutura produzem impacto sobre o trato gastrointestinal. A absorção do sitosterol é de cerca de 10% em relação à absorção do colesterol. Já o campesterol é absorvido em maiores quantidades. O sitostanol, sintetizado a partir da saturação do sitosterol, é menos absorvido que os demais.(20)
A média de ingestão de fitosteróis em dietas ocidentais é de 200 mg a 400 mg por dia e as principais fontes, óleos vegetais, margarinas, frutas e vegetais.(21)
Os estudos sobre os fitosteróis foram iniciados há 40 anos, quando Peterson(22) demonstrou, por meio do uso de esteróis de soja, a redução do colesterol plasmático em aves(22) e Pollak(23) demonstrou essa redução em humanos.(23)
Estudos clínicos realizados durante algumas décadas demonstraram que os fitosteróis reduzem os níveis de colesterol se consumidos regularmente, diminuindo a fração LDL-colesterol, sem interferência na fração HDL-colesterol.(24)
Há duas fontes de colesterol no intestino: a exógena, proveniente da ingestão de alimentos, e a endógena, produzida pelo fígado, passando para o intestino delgado junto com a bile. O processo de digestão inicia-se no estômago, onde a gordura do alimento é quebrada em glóbulos, os quais, misturados à água, formam uma emulsão. O pâncreas libera enzimas (lipases) para o intestino delgado, que vão quebrar os ácidos graxos em ácidos graxos livres.
Para que o colesterol se torne solúvel, há necessidade de ser incorporado às micelas, no intestino;