Romantismo
Sempre houve temperamento e sensibilidade romântica. O estado de alma romântico pode ser encontrado em qualquer época, caracterizandose pelo amor à natureza, a personalidade sonhadora, a fé, a liberdade, o saudosismo e a emoção.
No século XIX, esse temperamento e essa sensibilidade se manifestaram com tanto vigor que chegaram a caracterizar um estilo de época: o Romantismo.
Os burgueses pregavam o liberalismo econômico e a democracia no terreno preparado pelos filósofos iluministas da primeira metade do século XVIII. Décadas depois, a revolução toma conta da Europa. Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade contagiaram os setores populares – o campesinato e os trabalhadores urbanos , arregimentandoos para a derrubada dos regimes absolutistas.
O novo público consumidor, de origem burguesa, não mais aceitando os padrões clássicos que indicavam uma concepção estática do mundo, dita novos valores: o apego às tradições nacionais, o gosto pelas lendas e narrativas de origem medieval e pelo heroísmo; o sacrifício e o sangue derramado, que evocavam o recente passado revolucionário, e a afirmação das nacionalidades.
No Brasil, o Romantismo revestese de um marcante conteúdo nacionalista e de exaltação dos elementos nacionais, pois corresponde ao nosso momento de luta pela emancipação política e de afirmação da nossa nacionalidade. A literatura é utilizada como arma de ação política e social, através da poesia revolucionária e abolicionista.
Romantismo no Brasil
O Romantismo brasileiro revestiuse de um expressivo cunho nacionalista. A
Independência, conquistada em 1822, reforçou a busca de elementos caracterizadores e diferenciadores de nossa nacionalidade. Daí o forte sentimento de fidelidade à pátria