Romantismo
Portugal
A chegada do Romantismo em Portugal apenas confirmou a diluição do Arcadismo. Portugal foi reflexo dos dois acontecimentos que transformaram a Europa na segunda metade do século XVIII, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, responsáveis pela abolição das monarquias aristocratas e pela introdução da burguesia que então, dominou a vida política, econômica e social da época. A luta pelo trono em Portugal se deu com intensidade, gerando conturbação e desordem interna na nação. Por conta disso, Almeida Garrett acabou por exilar-se na Inglaterra, onde entrou em contato com a Obra de Lord Byron e Scott. Ao mesmo tempo, por estar presenciando o Romantismo inglês, envolveu-se com o teatro de William Shakespeare. Em 1825, Garrett publicou a narrativa Camões, inspirando-se na epopeia Os Lusíadas. A narrativa deste autor é uma biografia sentimental de Luís de Camões e, com características neoclassicistas, abriu caminho para o estilo romântico português.
Gerações
O movimento romântico em Portugal durou quatro décadas e teve três períodos diferentes cada um com uma geração particular de autores.
Primeira geração: empenhada em implantar o Romantismo em Portugal, apresentava ainda influências neoclássicas e preocupação com questões históricas e políticas. Entre seus autores, destacaram-se João de Almeida Garret e Alexandre Herculano - cujas produções tendiam ao subjetivismo extremado, ao medievalismo, ao nacionalismo e à idealização da mulher. Almeida Garrett cultivou a oratória parlamentar, o pensamento pedagógico e doutrinário, o jornalismo, a poesia, a prosa de ficção e o teatro, por conta de Shakespeare, com quem teve contato quando em exílio na