romantismo
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O romantismo nos dias de hoje é quase ilusório, algo que nos remete à nostalgia de épocas passadas. Há motivos para desconfiar que o romantismo esteja mesmo perdendo adeptos, e o principal deles é o progresso natural da sociedade.
Poemas, cartas de amor, serenatas e filmes para lá de românticos, que lotavam os cinemas com casais apaixonados, foram gradativamente trocados por e-mails, torpedos, o "ficar" e o namoro virtual, que dispensa completamente os "olhos nos olhos".
O Jornal SP Norte conversou com Paula Cassim, especialista em relacionamentos, que deu sua opinião sobre o romantismo moderno. "Eu acredito, sim, no romantismo. As pessoas amam de formas diferentes, sentem de formas diferentes. Infelizmente queremos amar e ser amados da mesma maneira. Queremos ouvir eu te amo tantas quantas forem as vezes que falarmos, em vez do simples eu também", comenta Paula.
Os tempos mudaram, a vida está mais dinâmica, e isso faz com que as pessoas se distanciem. Paula diz que ser romântico no nosso tempo é agir nos pequenos detalhes. "Uma surpresa, um convite, um bilhete, uma mensagem inesperada, um presente porque lembrou quando viu na vitrine. Tudo isso é ser romântico hoje em dia. Ser romântico não é falar sem parar o quanto se ama, não é enjoar a pessoa com suas demonstrações de carinho misturadas com doses de carência. Ser romântico é tudo o que sai inesperadamente como demonstração do seu amor, sem forçar, sem pedidos, sem espera".
O romantismo de épocas passadas pode até ter caído em desuso, mas o amor, esse sentimento que move a humanidade, com certeza está latente em todos os corações. "O amor faz os olhos brilharem, você sente seu coração bater forte. Você sente alterar a pressão, perde a razão, tudo que você negou cai por terra, tudo se altera. Você fica com medo de chegar perto e quando consegue não sabe como agir, ensaia tudo e perde tudo na hora. Você se solta, mas se enrosca de novo.