Romantismo
ROMÂNTICA PROSA
NASCE O ROMANCE
Com o Romantismo nasce a prosa de ficção brasileira. À maneira das modernas telenovelas, surgiram no século XIX os folhetins, como eram chamados os romances românticos publicados nos jornais brasileiros, um capítulo por edição. Esses folhetins encontraram um público consumidor ávido por narrativas de amores difíceis e aventuras de passatempo, tornaram-se sinônimo de diversão com histórias bem adequadas ao gosto do público leitor. A tiragem dos periódicos aumentava consideravelmente com a publicação dos folhetins, o que permitia a publicação de novos títulos, tornando o romance uma literatura de alcance popular.
Teixeira e Souza, em 1843, publicou “O Filho do Pescador”, com uma trama bastante confusa e pouco apreciável, cronologicamente o primeiro romance brasileiro. Em face da má qualidade desse romance, os críticos preferem adotar “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, publicado em 1844, como primeiro romance brasileiro, tanto por sua qualidade técnica como pela larga aceitação perante o público.
No Brasil, o romance romântico debruçou-se sobre a realidade de forma nacionalista e ufanista. Houve uma grande preocupação em escrever sobre coisas locais, a descrição de lugares, cenas, fatos, costumes do Brasil, ampliando largamente a visão da terra e do homem brasileiro.
O romance romântico apresentou entre nós as seguintes variantes:
a) Romance indianista
A natureza brasileira é o cenário desse tipo de romance cuja narrativa se desenvolve baseada em personagens indígenas, ressaltando de forma fantasiosa o procedimento, cultura e tradições do índio brasileiro.
Ex.: Iracema; O Guarani.
b) Romance urbano
Ambientado na corte do Rio de Janeiro, constitui um registro da moral e dos costumes da sociedade brasileira no Segundo Império. A narrativa explora situações, conflitos e convenções sociais, principalmente da burguesia.
Ex. A Moreninha; Senhora.
c) Romance regionalista
Surgido