Romantismo
A partir de 1860, principalmente, começa a ganhar força uma nova tendência: a da poesia social e humanitária, preocupada com a divulgação e o debate das questões como o direito dos povos à independência, a abolição da escravidão negra, a erradicação da miséria, o papel da educação na melhoria da qualidade de vida do ser humano. No Brasil surge uma poesia engajada, dedicada à propaganda ideológica, normalmente em tom grandiloquente.
O maior representante dessa nova tendência foi Castro Alves.
Conclusão O Romantismo é completamente o oposto da corrente anterior – o Classicismo.
Representa, na literatura e na arte em geral, os anseios da classe burguesa que, na época, estava em ascensão. A literatura, portanto, abandona a aristocracia para caminhar ao lado do povo, da cultura leiga. Por esse motivo, acaba por ser uma oposição ao Classicismo.
Ao Romantismo, cabe a tarefa de criar uma linguagem nova, uma nova visão do mundo identificada com os padrões simples de vida da classe média e da burguesia. Enquanto o Classicismo observava a realidade objectiva, exterior, e a reproduzia do mesmo modo, através de um processo mimético (de imitação), sem deformar a realidade, o Romantismo deforma a realidade que, antes de ser exposta, passa pelo crivo (coador) da acção.
A arte romântica inicia uma nova e importante etapa na literatura, voltada aos assuntos do seu tempo – efervescência social e política, esperança e paixão, luta e revolução — e ao quotidiano do homem burguês do século XIX; retrata uma nova atitude do homem perante si mesmo. O interesse dessa nova arte está voltado para a espontaneidade, os sentimentos e a simplicidade – sendo, assim, subjectiva -, opondo-se, desse modo, à arte clássica que cultivava a razão – realidade objectiva.
A arte, para o romântico, não se pode limitar à imitação, mas ser a expressão directa da emoção, da intuição, da inspiração e da espontaneidade vividas por ele na hora da criação,