rolezinhos
Os rolezinhos são encontros marcados pela internet por adolescentes, que começaram em dezembro do ano passado. Normalmente os participantes são jovens pobres, a maioria negros, querendo se divertir. No começo, os eventos eram convocados por cantores de funk, em resposta a um projeto de lei que proibia bailes do estilo musical nas ruas da capital paulista.
Incomodados com a multidão de jovens cantando refrões de funk ostentação nos corredores, a direção de seis shoppings paulistanos tiveram o respaldo de decisão judicial para fazer a triagem de clientes. A repressão policial aos participantes também gerou repercussão.
DE SÃO PAULO
A maioria dos paulistanos é contra a realização de rolezinhos em shopping centers e acredita que o objetivo dos jovens que participam desses encontros é causar tumultos, e não buscar diversão.
A maior parte dos moradores da capital paulista também não vê preconceito de cor na atitude dos shoppings em barrar a realização dos rolezinhos, mas creem que os centros de compra não têm o direito de escolher quem frequenta seus espaços.
Esses e outros resultados fazem parte de pesquisa com 799 moradores de São Paulo, com 16 anos ou mais, no dia 21 de janeiro deste ano. A margem de erro do estudo é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na cidade de São Paulo, 73% dos moradores adultos vão ao shopping center pelo menos uma vez por mês, sendo que 25% vão uma vez ou mais por semana, e outros 21% vão pelo menos uma vez a cada 15 dias.
De forma geral, 92% dos paulistanos tomaram conhecimento dos encontros realizados por jovens em shoppings, que ficaram conhecidos como rolezinhos. Dentre estes, 41% estão bem informados sobre o assunto, uma fatia igual (41%) está mal informada, e há ainda 10% que estão mais ou menos informados.
Independente do grau de informação sobre o tema, 82% dos paulistanos são contrários à realização dos rolezinhos. Outros 11% são favoráveis, 4% são indiferentes, e 2% não responderam. Entre os