ROLEZINHO

ROLEZINHO UMA VISÃO ANTROPOLÓGICA

O rolezinho é um movimento onde jovens através das redes sociais, marcam encontros para poderem conversar e desta forma alicerçar laços sociais, de modo que estes eventos são marcados em praças públicas e/ou em shoppings, movimento este que ganhou grande notoriedade em São Paulo hoje está espalhado por diversas capitais brasileiras. Cabe ser discutido o que de fato está culminando por trás de tanta dita violência produzida por estes jovens.
Por muitos anos, as camadas mais abastadas da sociedade sempre tiveram forte poder de consumo e seu principal centro de distribuição são os shoppings, o rolezinho não somente revelou adolescentes de comunidades carentes que estão “invadindo” os espaços destinados aos ditos” educados e de boa índole” como também o aumento de poder de consumo das classes média e média baixa, o abismo financeiro que existia entre as classes hoje está sendo alcançado através de roupas e tênis de marca, etc.
Esta autoafirmação de certo modo tem incomodado aqueles que dizem ser os donos ou detentores de certos ambientes, uma vez que um jovem “favelado” tem comprado e usado roupas que antes era privilégio somente de uma classe social, deste modo a figura do policial repressor simboliza a volta ao cativo de onde não deveria ter saído.
Analisando do ponto de vista antropológico, é possível perceber que não há qualquer respeito com o modo de vida e de entretenimento deste grupo social, ou seja,é perceptível claramente a influencia do etnocentrismo, aquilo que é diferente deve ser visto como algo ruim, como inferior, não há registro de arrastões, bem com furtos neste movimento, porém mesmo assim, acaba sendo suprimido.
“O Brasil é rasgado por hierarquizações e motivações conflituosas”(DA MATTA, 1981,P.3), de fato a elite brasileira não tem intenção nenhuma de se fazer igualar as camadas mais carentes, uma vez que estes jovens estão conseguindo se estabelecer na sociedade altamente consumista, ou seja, a questão vai