Ritualizando a despedida de um recém -nascido
INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA
Aline Vettorazzi- Acadêmica de Psicologia da UFSC; Amanda Kliemann- Acadêmica de
Psicologia da UFSC; Natália Pinheiro Scatamburlo- Acadêmica de Psicologia da UFSC; Zaira
Ap. de Oliveira Custódio- Psicóloga da Maternidade do Hospital Universitário, Mestranda do
Curso de Pós-Graduação de Psicologia da UFSC; Prof. Dr.ª. Maria Aparecida CrepaldiProfessora Doutora do Departamento de Psicologia da UFSC, supervisora acadêmica de estágios curriculares do curso de psicologia da UFSC. Instituição: Maternidade do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC/SC
Ao longo da gestação, podem surgir temores relacionados à morte, os quais são intensificados na gravidez de alto risco. Quando o medo do bebê morrer está ligado a uma situação de risco real, a mulher pode sentir-se culpada por não conseguir levar uma gravidez a termo, vivenciando seu corpo como incapaz de produzir coisas boas. Caso a perda se concretize, os sentimentos de autodesvalorização se intensificam e o corpo pode ser visto como estragado, improdutivo, além de ocorrer a vivência de um vazio pela quebra brusca do vínculo mãe-bebê. Nesse contexto, os profissionais de saúde, por meio de suas condutas, podem incubar o luto e não permitirem que a mulher e os familiares expressem seus sentimentos. Entende-se que as conseqüências dessas ações podem prejudicar prejudicar o processo de elaboração da perda vivida pela mulher e sua família. O objetivo deste estudo é discutir as intervenções realizadas pelo serviço de Psicologia de um Hospital Universitário em casos de morte de bebês de risco internados no setor de neonatologia. O atendimento psicológico realizado consiste desde a preparação psicológica dos pais e da família para uma provável perda até o acompanhamento psicológico após a morte em si.
O psicólogo atua como mediador entre o médico e a família durante a comunicação da evolução clínica do