Rios de Umuarama
Quem percorre a Rua Alfredo Bernardo e passa pelo trecho que compreende o córrego do Rio Veado pode ter algumas impressões negativas devido ao mau estado da cerca de proteção e dos lixos espalhados pelo local. A situação, porém, se agrava ao aproximar-se da nascente do rio, que fica mais distante do fluxo de veículos, mas não o suficiente das depredações.
A Rua dos Carpinteiros que leva até o lugar em questão, já revela através do odor o que é encontrado na nascente. Sem saída, a via que fica entre o Parque 1º de Maio e o Conjunto 28 de Outubro, esconde por entre arbustos e gramado, um depósito de lixo improvisado por populares. São colchões, pneus e até mesmo móveis jogados dentro da nascente e por toda a sua volta. “Aqui o pessoal joga de tudo, até animais de estimação quando morrem, eles jogam ali na grama e fica esse cheiro horrível”, conta a moradora Lucimar Alves de Souza.
A placa que proíbe jogar lixo no local está no mesmo estado que a cerca que evita o acesso, ambas em más condições. No entanto, as práticas ilegais contra o meio ambiente não são as únicas que acontecem por lá. A segurança pública também fica ameaçada com o uso de drogas no local. “Aqui é muito perigoso. O pessoal vem usar drogas ali dentro do mato. Deixam o carro no começo do gramado e ali ficam por horas. Não tem luz e ninguém passa pra fiscalizar, então fica fácil”, fala uma moradora que não quis se identificar.
O matagal e o lixo acumulado levam surpresas para dentro das casas dos moradores. “Já entraram no meu quintal vários escorpiões e ratos. Isso é perigoso”, ressalta Lucimar, que reside nas proximidades da nascente há mais de 10 anos e admite que não houve reclamações dos moradores na Prefeitura para solucionar o problema. “Nunca ninguém reclamou, mas é por causa do medo. E nesse tempo todo que estou aqui eu também nunca vi ninguém dando manutenção”, diz ela.
Tribuna Hoje
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