Rio 92
01/06/2012 18h16
Collor defende novo sistema de produção e consumo para evitar catástrofe ambiental
Qual a herança da Rio 92?
A Eco92 marca um divisor de águas no planeta, antes e depois da conferência. Nela, alcançamos o consenso em torno de questões essenciais para a sobrevivência no planeta. Assinamos o Tratado da Biodiversidade, a Convenção do Clima, a Agenda 21 e vários outros documentos que ficaram como um marco regulatório, ou de referência, para que todos os países signatários desses documentos pudessem fazer seu dever de casa. Ou seja, todo o mundo saiu do Rio, em 1992, tomando conhecimento dos problemas que o mundo vivenciava naquele instante, e com uma agenda do que fazer para tentarmos salvar o planeta. Mas não com a urgência em que hoje nos encontramos.
Caducaram os princípios e as metas assinados em 1992?
Neste conjunto de conquistas alcançadas durante a realização da Eco 92 está, por exemplo, a Agenda 21, com uma série de recomendações para que os países eventualmente seguissem para mitigarmos os efeitos já sentidos à época. Como, por exemplo, o uso dos CFCs [clorofluorcarbono, um composto usado em aerossóis e gases de resfriamento, cujo uso é hoje proibido em vários países], que causavam o chamado buraco da camada de ozônio. Houve, realmente, uma redução muito grande no uso dos CFCs, mas, ao mesmo tempo, o produto que substituiu a família dos CFCs acabava poluindo de outra maneira.
Também em relação às emanações de monóxido na atmosfera, como a questão das cidades, da complexidade no planejamento das cidades, de se evitar que o transporte individual fosse muito utilizado, melhorando o transporte urbano, a qualidade dos serviços públicos. Conter o desmatamento.
Fato é que alguns países levaram a sério a Agenda 21, outros nem tanto. O Brasil vai se apresentar novamente na Rio+20 como um país que está na vanguarda na luta pela preservação do planeta, pela combinação desses pilares, econômico, social e ambiental, que resulta