Rio +20
1) Leia com atenção a reportagem do Jornal O Globo (Ciência, p.27 de 3/nov/2009) e responda aos questionamentos propostos.
O fim de um ícone
Monte Kilimanjaro perde suas ultimas geleiras. Neve desaparecerá em 20 anos
A conferência do clima de Copenhague acontecerá à sombra dos momentos finais de um dos maiores símbolos da África. A icônica imagem do cume gelado do Monte Kilimanjaro já é passado, pois muito menos neve lá agora do que 20 anos. E um estudo apresentado não dá mais do que duas décadas para os últimos campos de gelo desaparecerem por completo. Possivelmente, em dez anos não haverá mais neve, indica a pesquisa, a mais detalhada já realizada. A causa mais provável, afirmam os pesquisadores, é o aquecimento global. Geleiras tropicais como o Kilimanjaro, estão entre os lugares mais vulneráveis da Terra à elevação da temperatura.
Localizado na Tanzânia e com 5.892 metros de altura, o Kilimanjaro é o ponto mais elevado do continente africano – e também uma das suas imagens mais conhecidas, atraindo 40 mil turistas por ano. Mas dificilmente Ernest Hemingway teria inspiração hoje para escrever “As neves do Kilimanjaro” publicado pela primeira vez em 1936. A paisagem atual é um arremedo daquela vista nas primeiras décadas do século passado. Na verdade, hoje existem 15% do gelo registrado em 1912, quando começaram medições regulares. E análises do gelo e das rochas indicam que a montanha nunca teve uma cobertura de neve tão pequena nos últimos 11.700 anos, nem mesmo durante períodos de seca severa que duraram mais de 300 anos.
As geleiras do Kilimanjaro não só encolhem quanto afinam, explica o pesquisador Lonnie Thompson, da Universidade Estadual de Ohio, que liderou o estudo publicado hoje na revista “Proceedings of the National Academy of Setences”.
- Se as atuais condições permanecerem os campos de gelo do cume do Kilimanjaro não sobreviverá - disse Thompson.
A triste sina dos trópicos
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